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Alerta: facções criminosas em presídios de PE



Comumente, quando se fala em facções criminosas, associa-se a gangues que atuam em presídios de estados como Rio de Janeiro e São Paulo. Entretanto, de acordo com o delegado Durval Lins, da Delegacia das Unidades de Plantão de Pernambuco, esses grupos estão começando a aparecer dentro das penitenciárias pernambucanas. “Ainda é incipiente, mas já preocupa”, afirmou. Segundo o superintendente regional de Segurança Penitenciária, coronel Isaac Wanderley, não há números oficiais quanto ao assunto, e, por questões de segurança, não se pode divulgar dados, mas já está se delineando um perfil desse grupo. “Geralmente são grupos de extermínio, ou pessoas que se autodenominam membros do PCC (Primeiro Comando da Capital, maior facção criminosa do país)”, apontou. O tema chamou a atenção do juiz da 1ª Vara de Execuções Penais, Adeildo Nunes, que resolveu fazer uma palestra sobre o tema, ontem, em uma faculdade em Olinda. Durante o evento, ele disse que as facções representam um ato de resistência, e hoje têm ramificações em todos os segmentos sociais do país. “Os castigos físicos e morais aos detentos pelo desumano sistema prisional fizeram surgir e aprimorar as facções”, expôs. Para Durval Lins, a principal motivação para o surgimento desses agrupamentos é a impunidade, e que só é possível esse tipo de ação nas unidades prisionais devido à corrupção. “Um ou mais agentes públicos ligados a uma quadrilha formam os chamados grupos de crime organizado”, explicou. O delegado citou como exemplo dois dos mais perigosos seqüestradores de Pernambuco, John Caetano, o Jones , Rosemberg da Silva, o Berg , hoje presos, que seriam membros do PCC. “Também houve a tentativa de um grupo formado por 25 detentos da Penitenciária de Igarassu, que queriam explodir o muro para fugir em setembro do ano passado foram transferidos para o presídio de segurança máxima de Catanduvas (Paraná). Eles também têm ligações com o Primeiro Comando da Capital”, lembrou o superintendente regional de Segurança Penitenciária. Ele informou que, quando são detidas quadrilhas ou grupos de crime organizado, normalmente em operações especiais montadas pela Polícia Civil, o Serviço de Inteligência os monitora com maior rigor constantemente. “E quem comete uma falta grave é mantido em pavilhões separados”.

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