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Bienal seleciona projeto tipográfico inspirado no Armorial



Dois trabalhos pernambucanos, desenvolvidos pelo designer Leo Buggy, do estúdio Tipos do Acaso, foram selecionados para a 3ª Bienal Lationo-Americana de Tipografia, evento internacional voltado para o desenvolvimento de fontes digitais, realizado entre abril e julho em oito países. Ele criou dois conjuntos de ícones tipográficos inspirados no Movimento Armorial. O local e a data da exposição no Brasil nesse período ainda não foram definidos, mas ela chega a Recife em novembro, quando será mostrada na Associação de Ensino Superior de Olinda (Aeso). O Armoribats (nome do projeto selecionado) é um conjunto de ding bats, que são "um tipo de fonte que não tem caracteres alfabéticos, letras ou números, mas apenas figuras", explica Buggy. Elas servem para armazenar imagens em um formato de arquivo que pode ser lido e editado em qualquer programa de computador, pois funcionam como se fossem textos. Os desenhos também podem ser ampliados e reduzidos sem limites de tamanho, já que sãovetorizados. O projeto é dividido em dois conjuntos de fontes. Uma delas registra os ícones do Movimento Armorial em si, baseada em figuras presentes na obra de artistas como Ariano Suassuna, Gilvan Samico, Francisco Brennand e Miguel dos Santos. A outra transporta para a linguagem da tipografia imagens clássicas da xilogravura dos folhetos de cordel, uma das principais influências visuais dos armoriais. Segundo Buggy, os ding bats são aplicados de diversas formas e podem conter desde mapas até marcas. Em 2003, a Tipos do Acaso desenvolveu o Manguebats, que se baseava em ícones do movimento mangue. "Cheguei a ver as imagens daquele projeto reproduzidas em roupas, blocos de carnaval, propagandas e até tatuagens", exemplifica o designer, que vai lançar as fontes armoriais em livro e CD até o segundo semestre de 2008. Um vídeo demonstrativo já pode ser assistido no site You Tube. O Armoribats, que tem o objetivo de "preservar e divulgar a expressão visual de um movimento cultural", foi selecionado entre 70 projetos de designers do Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, México, Peru, Uruguai e Venezuela, países que também recebem a exposição da Bienal até julho. As fontes foram desenvolvidas por Buggy no estúdio Tipos do Acaso, com colaboração de Matheus Barbosa e Gustavo Gusmão.

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