Clipagens

Hora da profissionalização



Este ano acontece a 18ª edição do Abril pro Rock, festival que se tornou um marco na história da música pop pernambucana por, entre outros motivos, por projetar este segmento local no cenário nacional ao revelar bandas como Chico Science & Nação Zumbi e Mundo Livre S.A.. Desde então houve uma corrida de todos que fazem a área de música para equiparar a estrutura daqui à de fora. Os próprios grupos, produtoras, estúdios e empresas de som, palco e iluminação investiram para se atualizar. A última Feira Música Brasil e eventos de grande porte como o Carnaval demonstram o resultado de tal empenho. Um segmento, contudo, ainda engatinha na busca por uma profissionalização: e de educação e capacitação na área musical. Algumas iniciativas surgem dentro de um conceito mais moderno para se somar ao ensino clássico, de centros profissionalizantes, conservatório e universidade, referência principal quando se trata de educação e capacitação musical. Uma das principais iniciativas surgidas no últimos anos em busca de uma profissionalização do mercado musical em Pernambuco foi a implantação do curso de Produção Fonográfica das Faculdades Integradas Barros Melo (Aeso). A conclusão da primeira turma ocorre este semestre. Iniciada há dois anos, teve a árdua missão de colocar em prática o ideal de um curso ousado e pioneiro na área técnica musical. Dos 36 alunos aprovados na primeira seleção, em 2008, 12 conseguiram chegar ao período final, sendo nove destes concluintes. Quem conseguir terminar o curso vai ser diplomado como tecnólogo em produção musical, ou seja, estará apto para participar de quaisquer das etapas do processo de produção de áudio, que são: pré-produção, gravação, edição, mixagem e masterização, operação de som, divulgação e distribuição do produto final. Trata-se da primeira experiência de formação superior para profissionais técnicos da região, e com um enfoque diferenciado das demais existentes no Brasil. Para montar a estrutura do curso, o professor Gustavo Almeida, que lecionava nos cursos de jornalismo e publicidade, e coordena o Laboratório de TV e Vídeo da Aeso, analisou os cursos correlatos já existentes no País – Formação de Produtores e Músicos de Rock, da Unisinos, em São Leopoldo (RS), Produção Fonográfica, da Unoeste, em Presidente Prudente (SP), e Produção Fonográfica, da Estácio, no Rio de Janeiro. Com base nas demais experiências foi montada uma grade curricular que, além do conhecimento técnico, contempla a produção musical e executiva. Com a aprovação do Ministério da Educação, foram abertas inscrições em novembro de 2007. “Foi curioso. A procura foi muito grande no vestibular”, considera o coordenador. Dos quase 60 inscritos, 43 foram aprovados e 36 se matricularam. Outro diferencial da iniciativa da Aeso, de acordo com Almeida, é a integração com outros cursos da faculdade, como Design, Fotografia, Cinema de Animação, Publicidade e Jornalismo. “O aluno entra no curso para aprender como se autogerir, como gerir sua própria carreira”, conta.

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