Ed Machado/Folha de Pernambuco

Ed Machado/Folha de Pernambuco

Aluno de Fotografia da AESO-Barros Melo leva dobradinha de prêmios no Cristina Tavares


Fotografia
julho. 14, 2017

Estudante foi contemplado com a premiação em trabalhos de vídeo e foto

“O vídeo vencedor foi produzido em pauta proposta por colegas do caderno Cotidiano, da Folha de Pernambuco. Ele trata do importante processo de ressocialização dos detentos que produzem artesanato para comercialização na Fenearte. A fotografia premiada faz parte de uma sequência de imagens capturadas durante um incêndio no Cabo de Santo Agostinho”. Ed Machado é aluno do curso de Fotografia da AESO-Barros Melo e tem uma atividade a mais no dia-a-dia: o fotojornalismo. O estudante faz parte da equipe da Folha de Pernambuco há um ano e meio e levou dois prêmios do 23º Cristina Tavares de Jornalismo com trabalhos produzidos para o jornal.

Foram contemplados um vídeo e uma fotografia de Ed Machado na categoria do prêmio dedicada aos estudantes. As duas propostas tem um apelo social forte e Ed Machado conta que escolheu as produções porque “renderam boas imagens e apresentam um conteúdo forte, que comunica e causa certo impacto”. O estudante, que está chegando ao 6º período da graduação no segundo semestre deste ano, afirma que se encontrou no Fotojornalismo e que os prêmios indicam que ele está no caminho certo.

Assista ao vídeo premiado.

AESO-Barros Melo no Cristina Tavares

Além de Ed Machado, Jefferson William Moraes de Souza, aluno de Jornalismo, e Haim Ferreira Araújo Braz, formado em Rádio, TV e Internet na AESO-Barros Melo, também chegaram às finais do 23º Cristina Tavares de Jornalismo, na categoria Jornalismo Literário e Rádiojornalismo, respectivamente. 

A relação dos alunos da Barros Melo com o prêmio começou há dez anos. Em 2007 Pedro Nunes, então estudante de Fotografia, foi premiado com o registro “Fogo feliz”. Em 2008 quem levou a melhor na categoria Fotografia Jornalística foi Osmário Marques, também aluno de Fotografia na instituição. Leokárcio Cavancanti, formado em Jornalismo pela AESO-Barros Melo conquistou o prêmio em 2014 com o radiodocumentário: "Gino César, Memória e  História do Rádio Pernambucano". Em 2016 a premiação contemplou Rayane Guimarães, ex-aluna da instituição, e Mayra Couto, estudante do curso de Jornalismo.

Em entrevista, Ed Machado contou os detalhes do processo de produção dos trabalhos premiados, confira:

AESO - Como foi o processo de produção dos trabalhos vencedores?

ED - “O vídeo vencedor foi produzido em pauta proposta por colegas do caderno Cotidiano, da Folha de Pernambuco. Ele trata do importante processo de ressocialização dos detentos que produzem artesanato para comercialização na Fenearte. Um trabalho essencial, mas que ainda atinge uma minoria quase despercebida em meio à superlotação dos presídios. Durante a produção do vídeo tentei, junto ao repórter Gabriel Dias, construir uma narrativa com certa objetividade, apresentando três relatos de pessoas que se envolveram em crimes e buscam através da arte um recomeço. As cenas finais apresentam a transição entre o ambiente carcerário e o comércio da maior feira de artesanatos da América Latina, com destaque para os produtos já finalizados e postos à venda. A edição foi pensada em conjunto com o colega André Amorim, que finalizou o material com intuito de passar a mensagem pretendida.

A fotografia premiada faz parte de uma sequência de imagens capturadas durante um incêndio no Cabo de Santo Agostinho. As chamas tiveram origem numa fábrica irregular de materiais plásticos e logo o fogo se espalhou pela mata. Saí às pressas da redação com a equipe de reportagem e seguimos para o local. Lá não tivemos acesso à fábrica, mas contornamos o incêndio e encontramos equipes do Corpo de Bombeiros já em atividade. Primeiramente fiz imagens abertas do alto de uma comunidade, mostrando a reação dos moradores com aquela cena triste e inesperada. Logo em seguida decidi acompanhar os bombeiros na área interna do incêndio, com muita fumaça e calor, além da bela luz do entardecer. Decidi inscrever a fotografia que apresentou mais ação e a beleza da imagem é uma junção de luz, fumaça, vento e água. O incêndio foi contido algumas horas depois de termos voltado para o jornal.

AESO - Certamente durante o período de trabalho na Folha você fez diversas pautas boas. Por que escolheu essas duas para inscrição no prêmio?

ED - Escolhi essas duas pautas porque renderam boas imagens e apresentam um conteúdo forte, que comunica e causa certo impacto. O professor Roberto Soares já havia comentado na cadeira de Fotojornalismo que o Cristina Tavares geralmente premia esse tipo de trabalho. O que mais me atrai no fotojornalismo é o poder de contar histórias com imagens e o factual, o inesperado, que exige boa percepção, tranquilidade e agilidade para capturar os melhores instantes. Acredito que os dois trabalhos premiados apresentam isso.

AESO - Qual a importância que essa conquista tem para você?

ED - É algo muito significativo porque, como mencionei durante a premiação, prova que encontrei um caminho a seguir. Há poucos anos eu me vi perdido profissionalmente, sem saber o que me dava prazer e, consequentemente, sem objetivos. A Fotografia apareceu na hora certa e com os estudos me aproximei do Fotojornalismo. Ver dois de meus trabalhos premiados no Cristina Tavares me passa a certeza de estar no caminho certo e buscar grandes objetivos.

AESO - Você sempre quis seguir a carreira de fotojornalista?

ED - Não. Há dez anos fiz meu primeiro vestibular e em meio a tantas dúvidas optei por Artes Cênicas, na UFPE, com desejo de trabalhar com teatro. Lá aprendi sobre o poder da arte e construí um novo olhar. No entanto, segui com incertezas profissionais e três anos depois pensei em trabalhar com Fotografia Publicitária. Um ano mais tarde percebi que o Fotojornalismo é a minha praia.

AESO - De que forma você acredita que o curso por de ter colaborado?

ED - O curso foi essencial nessa trajetória que sigo trilhando. Sempre achei importante buscar conhecimento no espaço acadêmico, e quando optei pela Fotografia não foi diferente. Inicialmente fiz cursos básicos e de imediato senti a necessidade de estudos mais aprofundados que não abordassem somente a técnica. Descobri que a AESO dispõe do bacharelado em Fotografia, um dos dois do país, e decidi conhecer a instituição. Logo já estava matriculado, estudando e conhecendo novas pessoas. A ideia, a princípio, era atuar na Fotografia Publicitária, mas no 2º semestre a disciplina de Fotojornalismo com o professor Roberto Soares mudou meus planos. Coincidentemente no mesmo período surgiu uma vaga de estágio na Folha de Pernambuco, divulgada pelo professor Mateus Sá. Eu enviei currículo e me chamaram para testes práticos. Já no dia seguinte vi uma pequena foto minha publicada no impresso e dias depois ocupei a vaga. Depois de um ano e quatro meses de estágio fui convidado a compor a equipe de profissionais do jornal, um anos antes de concluir o bacharelado. Nesse sentido, o curso foi fundamental para que eu pudesse buscar oportunidades no mercado.

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