Clipagens

Falta formação especializada



»Se é preciso muita capacitação técnica para atuar na área de games, antes de tudo é necessário saber onde encontrar cursos específicos. Embora um estudo da Associação Brasileira das Desenvolvedoras de Jogos Eletrônicos (Abragames) aponte que existem 22 cursos de graduação na área em todo o Brasil, as universidades e faculdades pernambucanas ainda não têm nenhum curso de graduação específico, embora ofereçam disciplinas na área. Mas, calma. Os cursos técnicos existem, e hoje, já é possível se capacitar sem sair do Recife, por um preço acessível. No departamento de design da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), são oferecidas disciplinas no segmento de games. “A cada semestre disponibilizamos duas cadeiras na área”, explica o coordenador do curso, André Neves. As disciplinas são abrangentes e atendem demandas teóricas e práticas. Modelagem 3D, brinquedos digitais, cenário de jogos e game design são algumas das cadeiras que já foram oferecidas. Ainda na UFPE, no Centro de Informática, é oferecida a disciplina de jogos, para os alunos dos cursos de ciências e engenharia da computação. A cadeira é eletiva e tem o objetivo de construir uma base geral sobre esse universo. Em seu conteúdo programático, são abordados assuntos como o surgimento dos games, os tipos que existem e as interfaces para onde se pode criar. No fim do semestre, os alunos – divididos em grupos – produzem o projeto de game que pode ser para qualquer uma das plataformas estudadas. Já na parte de capacitação técnica, Recife conta, desde 2007, com a AIS Computação Gráfica. A escola é uma alternativa para quem quer aprender a trabalhar com games, passando por todas as etapas de produção. Atualmente, a AIS oferece dois cursos: o Sinapse e o Extensivo e já conta com cerca de 700 alunos. Segundo o coordenador da escola, Raphael Braga, o Sinapse é a escolha ideal para quem quer ingressar no mercado. “O curso é uma especialização internacional que oferece formação artística e técnica. Sem dúvida é uma certificação para o mercado global”, garante. Para ele, a qualidade do curso pode ser comparada com outros oferecidos no Sul do Brasil e até no exterior. Dentro do curso Sinapse, o aluno passa por todas as fases de produção, desde a criação do conceito até a concretização do produto no laboratório de informática. “Nossos alunos não são apenas operadores de máquinas, são artistas que produzem para games”, explicou Braga. O curso, que tem duração de três anos e custa R$ 500 por mês, conta com módulos de desenhos e modelagem. A Faculdade Barros Melo (Aeso) também tem novidade na área. Estão abertas as inscrições para a pós-graduação em Desenvolvimento de games. As aulas devem começar em março de 2009. O curso será voltado para a área de programação e o investimento total é de R$ 6.975. Além dessa especialização, a faculdade oferece curso de bacharelado em cinema e animação e pós em animação digital. Ambos os cursos podem ser enriquecedores para aqueles que desejam trabalhar com a parte gráfica dos games. “Nossos cursos são divididos quase que igualmente entre os interessados em cinema e jogos eletrônicos”, explicou o coordenador do departamento, Pedro Severien. O Senac também oferece cursos na área. O primeiro é o de Desenvolvedor de games, que dá aos participantes uma visão geral tanto da parte de programação quanto da área de design. Depois disso, se o aluno quiser buscar o aperfeiçoamento e já tiver escolhido por qual caminho seguir, poderá optar pelo aperfeiçoamento em uma das duas áreas. Para isso, pode ingressar em um dos outros dois cursos que a instituição disponibiliza: o de Programador de games e o de Design de games. O investimento gira em torno de R$ 1.500 a R$ 1.750. (M.A.) » serviço AIS Computação Gráfica (3465-7264)/ Senac (3413- 6728)/ Aeso (2128-9797)

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