Clipagens

Livre de preconceitos



Quer ser produtor fonográfico? Então prepare-se para muito trabalho e pouco dinheiro no início da carreira. A vida de quem escolhe essa atividade é bem puxada, quase sempre sem rotina alguma, e o reconhecimento só vem ao longo dos anos. Mas quem está na profissão garante: ao ver seu trabalho finalizado, pronto para distribuição, sempre acaba valendo a pena o esforço. "Como eu digo, no sentido prático, a vida do produto fonográfico é bem puxada. Trabalhamos em datas comemorativas, feriados, madrugadas, sem horários e rotinas pré-determinadas. Mas no sentido poético é maravilhoso poder finalizar um produto e ver que aquele material que você trabalhou durante horas vai para o mercado, ser executado em uma rádio ou TV", conta o sócio-diretor do Fábrica Estúdios, Pablo Lopes, que tem como principais clientes a Oi FM e a Rede Globo Nordeste. Sérgio Kyrillos, que presta serviços para o estúdio Mr. Mouse, diz que isso acontece porque você depende do trabalho dos outros. "Os horários ficam meio loucos por conta dos horários das bandas. Eles é que agendam. E sem contar que o fluxo de trabalho também muda a cada dia", afirma Sérgio. E apesar de tanto trabalho, nem sempre o produtor será recompensado como merece. Muitas vezes, o começo é sempre mais complicado. "Um dos pontos mais importantes para entrar na profissão é conseguir viver com pouco dinheiro. Além de ter que ter disponibilidade e noções de inglês", avisa Pablo. Mas com o tempo isso pode mudar. Ao se tornar conhecido no meio, o produtor acaba se consagrando e, por consequência, ganhando mais. "A remuneração vai depender muito da combinação de reportório com knowhow técnico/artistíco. O que a faz variar de R$ 2 mil a R$ 30 mil", diz Lopes. Por isso, nada é mais importante do que a paciência nessa profissão. "O tal know-how e nome só vêm com muito trabalho", afirma Pablo. "E tem que correr atrás também. Não dá para esperar só da faculdade, porque é uma profissão muito ampla", completa Kyrillos. Produtor fonográfico x produtor musical - As funções podem até ser parecidas, na verdade acabam se misturando, mas existe diferença, sim, entre produtores fonográficos e musicais. "É como se um sonhasse e o outro traduzisse aquele sonho em realidade", afirma Tovinho, produtor de bandas como Calypso e Amigos Sertanejos. Ele, que hoje assume mais o papel de produtor musical, explica que entre as suas funções estão da escolha de repertório até o acompanhamento de shows. "Aí ele precisa conversar com o produtor fonográfico para saber que tipo de cliente ele pretende atingir", explica. para quem deseja seguir esse ramo ele avisa: não ter preconceitos é fundamental. "Trabalhar com música de uma maneira geral exige uma mente aberta. A pessoa tem que ouvir de tudo, da música americana, a brasileira, inglesa, africana. É estar aberto mesmo ao novo, porque tudo muda muito rápido e é preciso incorporar essas mudanças ao seu estilo", alerta.

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