Curso de Produção Fonográfica da AESO-Barros Melo aquece o mercado da música em Pernambuco


Curso de Produção Fonográfica - Olinda
outubro. 24, 2017

A cada semestre são dezenas de profissionais formados atuantes no mercado de trabalho como produtores, técnicos e músicos

A veia empreendedora também pulsa no mercado da música. Antes quem via a banda com os amigos como um hobby, agora quer se especializar, fazer o projeto crescer e entender as dinâmicas de pré-produção, gravação, edição, mixagem e masterização, operação de som, divulgação e distribuição do produto final. O reflexo desse desejo é visível nas salas de aulas das Faculdades Integradas Barros Melo-AESO. É cada vez maior o número de interessados em Produção Fonográfica na instituição, o primeiro curso específico de formação superior para profissionais técnicos da Região.
 
Em 2016,  foram 152 discos prensados em Pernambuco, no começo do segundo semestre de 2017,  já foram quase 100. O crescimento do mercado no estado também refletiu no direcionamento do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura, o Funcultura, uma iniciativa do Governo do Estado através da Fundarpe (Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco). Este ano foi a primeira vez que foi aberto um edital exclusivamente para o ramo da música. O segmento que, até então, era contemplado no edital Funcultura Geral abriu em 2017 com o montante de R$ 4.550.000,00 (Quatro milhões e quinhentos e cinquenta mil reais) para serem gastos em projetos.
 
Na AESO-Barros Melo, o Edital Criativo, anualmente,  abre vagas para estudantes da instituição apadrinharem projetos para gravação de faixas, produção de videoclipes e outras atividades. Nomes como Canibal, Academia da Berlinda e Mundo Livre S/A já tiveram produções realizadas na faculdade. Além disso, a instituição acompanha os egressos que estão em ascensão no ramo. Conheça alguns dos destaques:
 
Amaro Freitas - Formado em 2016 em Produção Fonográfica pela AESO-Barros Melo. É pianista e, no mesmo ano, lançou o disco de estreia "Sangue Negro". O CD levou o músico a fazer uma série de quatro espetáculos no festival Vivo Open Air. O álbum foi produzido pelo gaúcho Rafael Vernet, que já trabalhou com nomes como Chico Buarque e Zé Renato. Amaro Freitas reinaugura uma linhagem de jazz autoral. Minimalismo, Bebop, Afrojazz, Samba, Frevo e Balada, estas são algumas das sonoridades que permeiam Sangue Negro. Com o disco, arrancou elogios no Blog do Noblat, do site O Globo. A publicação do veículo diz "Surpreende porque não é parecido com nada que se conhece no jazz brasileiro. Autodidata, Amaro Freitas recebeu influências tão inusitadas, como de Chick Corea e Gonzalo Rubalcaba, que ele ouviu antes de conhecer o jazz de Thelonious Monk, John Coltrane ou de Miles Davis". O músico fez parte também da programação do MIMO Festival, em 2016. 
 
Johnny Hooker - Um dos grandes nomes pernambucanos em destaque nacional da música.  Ele foi aluno da AESO-Barros Melo entre 2009 e 2011, mas a história com a instituição começou bem antes. Em 2004, tinha apenas 16 anos, e se apresentou no Festival Microfonia, promovido pela faculdade. Participou do festival outras duas vezes e na terceira levou o primeiro lugar com a banda Candeias Rock City. Em 2015, lançou o primeiro CD que emplacou as faixas "Volta" na trilha sonora do filme Tatuagem, de Hilton Lacerda, e "Amor marginal" e "Alma sebosa" nas novelas globais Babilônia e Geração Brasil, respectivamente. Além disso, com esse primeiro trabalho, levou pela Rolling Stone os prêmios de Melhor Música do Ano e Melhor Álbum do Ano. Também em 2015 conquistou a categoria Canção Popular - 26º Prêmio da Música Brasileira. Em 2017, lançou o segundo álbum da carreira, "Coração". A turnê estreou em Recife no começo de agosto e está rodando o Brasil com o Natura Musical. O disco conta com 11 faixas inéditas e participações especiais de Liniker e Gaby Amarantos.
 
Mamelungos -  O nome do grupo é a mistura de três termos que caracterizam a cultura e a miscigenação nordestina, "mamulengo", "mameluco"e "malungo". Tem uma formação inusitada de quatro cantores, compositores e instrumentistas, sem band-leader, se revezando sempre. São eles Weré Lima, Luccas Maia, Peu Lima e Thiago Hoover, todos ex-alunos da AESO-Barros Melo. A banda surgiu em 2009 e começou crescendo na noite do Recife. Passaram uma temporada com projetos paralelos, alguns em São Paulo, outros aqui, e, nos dias de hoje, o destaque é para o disco recém-lançado "Esse é o nosso mundo". É o segundo álbum da Mamelungos  teve resenha assinada por ninguém menos que Lula Queiroga. Parte do texto do pernambucano diz "Aumento o volume. Mamelungos inunda a sala. Vou percebendo já de cara o som maduro, encorpado. Os meninos cresceram. Estão fazendo uma música aberta, global. Contendo um ingrediente indispensável e tão pouco usual na música que se faz atualmente: desenho melódico. E é muito bom quando esse desenho é criativo, cheio de diversidade e caminhos. É o caso".
 
Romero Ferro - Nascido em Garanhuns, Romero Ferro começou a carreira com o lançamento do EP autoral “Sangue e Som”, em outubro de 2013. Com este trabalho, foi destaque na capa do jornal carioca “O Globo”, saudado como um dos principais artistas responsáveis pela revitalização da música em Pernambuco. Tem mais: o clipe da música “Arsenal”, com mais de 10 mil visualizações na primeira semana de exibição no YouTube, foi premiado no FestCine 2015. Em 2016, o cantor e compositor concluiu o curso de Produção Fonográfica na instituição e lançou o disco "Arsênico". Com ele, Romero Ferro vem rodando cidades do Nordeste e foi um dos finalistas do Prêmio da Música Brasileira de 2017, na categoria Canção Popular, ao lado de Odair José e Luiz Caldas.
 
Sofia Freire - Sofia Freire é cantora, compositora e pianista de Recife. Em 2012, ganhou a seletiva Novas Jóias, promovida pelo selo pernambucano Joinha Records, entrando para o casting do selo que tem nomes como Tibério Azul, China e Mombojó. Dividiu palco e fez parcerias com ícones da música, entre eles Silvério Pessoa e o gaúcho Rapha Moraes. Juntando poesia a elementos da música eletrônica e erudita e muitas camadas de voz, Sofia lançou seu álbum de estréia, intitulado Garimpo, em 2015 e agora trabalha o lançamento do segundo, "Romã". Este último foi fruto da conquista do Natura Musical 2016, iniciativa que fornece financiamento a artistas individuais, bandas e coletivos de todo o Brasil para lançamentos de trabalhos inéditos. A jovem cantora passeia por palcos Brasil a fora, passando por estados como Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Além disso, entrou na programação do palco principal do Festival No Ar Coquetel Molotov, em Recife, no ano de 2015.
 

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