Game criado na AESO-Barros Melo simula desafios de cadeirante no Sítio Histórico de Olinda


Jogos Digitais
dezembro. 05, 2018

Olinda sob rodas segue a modalidade Time Atack e possui 11 níveis

A Maratona de Jogos Digitais das Faculdades Integradas Barros Melo (AESO), realizada entre os dias 24 e 31 de outubro, com o tema “Acessibilidade em Olinda” rendeu bons frutos. A disputa inspirou estudantes do 2º período a criarem um game, Olinda sob rodas, simulando os obstáculos de um cadeirante ao transitar pelas ruas do Sítio Histórico. O produto foi desenvolvido em apenas uma semana e, após alguns ajustes, está pronto para uso.

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O projeto educativo, voltado para o público infantil, tem como proposta despertar o olhar das pessoas para a dificuldade de mobilidade na cidade. “A ideia da maratona era explorar a localização onde a própria faculdade está inserida, pensando em um problema cotidiano, e criando uma proposta que fosse levada ao público externo. Eu sou morador da Cidade Alta de Olinda e vejo como a realidade é complicada para o tráfego de pessoas, especialmente, as deficientes físicas”, comenta o professor Rogério Araújo, coordenador do curso de Jogos Digitais e orientador do desafio.

Com a prova em mãos, os universitários Rafhael Ronny, Giovanna Barbosa, Ana Catarina Santiago, Leandro Alves e Beatriz Regis desenvolveram o game na modalidade Time Atack, onde a missão é resolver um quebra-cabeça em um determinado tempo. O objetivo do jogador no Olinda sob rodas é ultrapassar os obstáculos que surgem no caminho do cadeirante, como lixo entulhado, buracos, postes, etc.

Os criadores exploraram aspectos da cultura, história e turismo de Olinda para compor a trajetória e o cenário. A partida se passa em ambientes comuns para quem circula pelo Sítio Histórico, como a Praça do Carmo, os Quatro Cantos, a Prefeitura, etc. Na interface, os descritivos apresentam dados relevantes sobre os pontos, colaborando para o apelo educativo do produto. O jogo tem 11 níveis e, à medida que eles vão aumentando, cresce o número de provas e diminui o tempo.

“A parte mais difícil da concepção foi a finalização do projeto em si, buscando uma linguagem simplificada para o público”, afirma Rafhael Ronny, um dos idealizadores do Olinda sob rodas. Para tornar o produto mais fiel à realidade enfrentada por portadores de deficiência, os alunos contaram com o apoio da estudante de Publicidade e Propaganda da FIBAM, Ana Carolina Araújo. Ela é cadeirante e testou o game, contribuindo para o aperfeiçoamento e assertividade da brincadeira.

Para Carol, o Olinda sob rodas relata bem os desafios da mobilidade na cidade. “O professor Rogério me pediu para avaliar, eu achei legal. Eles (os estudantes) pensaram em algo diferente, fora da caixinha. O jogo mostra como as ruas têm problemas para quem está na cadeira, com exemplos reais das calçadas, que são, muitas vezes, quebradas, altas, desniveladas, com árvores, etc. Ainda mais em Olinda, onde a gente vive, que é uma cidade turística e histórica, e precisa se adaptar para a gente aproveitar”, comenta.

“A proposta do Olinda sob rodas é fazer as pessoas refletirem sobre o assunto e se conscientizarem em relação às mudanças que podem ser feitas para facilitar a vida dos cadeirantes. A dinâmica propõe que o player se coloque no lugar deste cidadão e consiga enxergar os problemas que ele enfrenta diariamente. O usuário percebe os obstáculos e cria a noção da dificuldade de circulação, tomando medidas para facilitar esse caminho”, conclui o professor Rogério.

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