Margarida Marques, aluna do curso de Artes Plásticas, é destaque em matéria da Rede Globo


Artes Visuais
março. 16, 2011

Nesta quinta-feira, 17/03, no Bom Dia PE, a partir das 06h30, vai ao ar VT com a aluna Margarida Marques, do bacharelado em Artes Plásticas da Barros Melo. A reportagem fala sobre as mulheres que voltaram a encarar os estudos e profissão depois algum tempo. No estúdio, haverá debate sobre o assunto e a matéria vai dar o suporte para a discussão. Não percam!


Confiram a sugestão de pauta produzida pela Ascom / Aeso – Barros Melo :

Viva Margarida! VIVA! Viva à Margarida !!!
Um exemplo de garra e coragem no Dia da Mulher


08 de março. É carnaval. A ocasião é de festa, alegria e animação. Em 2011, a comemoração é redobrada: o Dia da Mulher “cai” na data oficial da folia de Momo. É o momento de dar atenção e carinho à ala feminina, mas, além disso, é hora de mostrar exemplos de fé e determinação. Entre tantas histórias, a de Margarida Marques Vasconcelos representa a superação. Guida, como é chamada, enfrentou um câncer de mama. Não teve medo. Com sorriso estampado no rosto demonstra coragem. Seu olhar transmite o brilho da vida. É de emudecer! Aos 56 anos, segue estudando e reconstruindo sonhos.

Margarida adora o mundo das artes. Ao terminar o magistério, pensou em fazer formação na área. Não pôde. Seguindo os conselhos do pai, ingressou, na década de 1970, no curso superior de Pedagogia. Concluiu a graduação, mas não seguiu carreira. Em 1976, casou-se. Teve duas filhas. Cuidou da casa, das crianças, foi vendedora de roupas, realizou transporte escolar, trabalhou em banco. Morou em Porto Alegre e Fortaleza acompanhando o marido nas viagens de negócios – o companheiro é empresário do ramo de vendas de equipamentos musicais. Apaixonada pelo universo artístico fez um curso de escultura em barro, nos anos 90, no Ateliê Espaço Tridimendiosal. O tempo passou. As meninas cresceram, se formaram. Com o sentimento de missão cumprida, Guida Marques decidiu que era hora de resgatar o que ficou no passado. Em julho de 2008, entrou no Bacharelado em Artes Plásticas das Faculdades Integradas Barros Melo (Aeso).

No final de 2008, a estudante encontrou uma “pedrinha” no caminho, como ela diz. Tomando banho, fez o autoexame. Sentiu um caroço no seio direito. De imediato procurou o médico e fez a mamografia. Era um nódulo. Foi encaminhada para a core biópsia – exame que mostra se o tumor na mama é maligno ou benigno. O resultado indicou a primeira opção. Guida seguiu para uma mastectomia, no dia 26 de dezembro. Depois da operação, fez quimioterapia durante todo ano de 2009 (em dezembro de 2009 fez a primeira cirurgia reparadora. No ano passado, fez a segunda correção e também o esvaziamento do seio esquerdo, preventivamente. Este ano, realiza a última reparação). Durante todo tratamento continuou frequentando a faculdade. Os cabelos caíram, todos. Na sala, usava lencinhos coloridos. Junto à família encontrou forças para lutar. “Quando adoeci, a primeira coisa que ouvi do meu marido foi ‘eu te amo’. Acho que a doença fortaceleu nossa união”, diz com os olhos marejados.

Na graduação em Artes Plásticas encontrou mais um objetivo para seguir em frente. Durante as aulas, aprendeu técnicas e o mais importante: teve um embasamento científico sobre o mundo das pinturas, gravuras, esculturas. Hoje, Guida tem consciência de que a arte é muito mais do que só artesanato. Tem que ter estudo e pesquisa. No momento, Margarida dedica-se a monografia. Escolheu o tema “Da juventude à velhice: A poesia da existência”. “Falo da efemeridade da vida, fazendo um contraponto entre a poesia “O Retrato”, de Cecília Meireles, e um dos poemas de meu pai, que, além de profissional do setor jurídico, foi escritor amador. Realizo este trabalho em homenagem a ele e a minha mãe, que me deixaram uma valiosa bagagem cultural”, comenta. Em 2011, Margarida Marques Vasconcelos recebe o diploma em Artes Plásticas. Segue trabalhando com o barro, em seu ateliê, que está em fase de montagem, na Imbiribeira. A escultora deixa uma lição: “É importante não focar na doença. É preciso acreditar, confiar, se divertir, viver mais, amar mais...como diz uma certa canção: o acaso me protege enquanto eu andar distraída”.

Trabalho - Margarida pensa as esculturas a partir do tema "corpo da mulher". É no universo feminino que nasce a inspiração desta artista plástica. O concreto e a resina dão vida ao barro e transformam as peças em verdadeiras obras de arte. Alguns destes trabalhos estão espalhados em consultórios, prédios, igrejas. No bairro de Casa Forte-Recife, por exemplo, na fachada do Edifício "Solar das Palmeiras", está "Madonna" (2000). A obra, uma mulher sentada, tem 500kg e foi trabalhada em concreto pigmentado. Margarida também deu início a utilização da cerâmica pura para esculpir as obras.

Câncer de mama - Segundo tipo mais frequente no mundo, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. Se diagnosticado e tratado oportunamente, o prognóstico é relativamente bom. No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estágios avançados. Na população mundial, a sobrevida média após cinco anos é de 61%.
Relativamente raro antes dos 35 anos, acima desta faixa etária sua incidência cresce rápida e progressivamente. Estatísticas indicam aumento de casos tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nas décadas de 60 e 70 registrou-se um aumento de 10 vezes nas taxas de incidência ajustadas por idade nos Registros de Câncer de Base Populacional de diversos continentes.

(Fonte/Mais informações: http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/tiposdecancer/site/home/mama/cancer_mama+)

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